Nossa história

Nos idos dos anos 2000
Pai Ritchie ficou
Inesperadamente sem local
Para os trabalhos da Umbanda
Com regozijo continuar

Foi aí que teve a ideia
Dos pertences acomodar
Na instituição que as amigas mantinham
Até surgir um lugar

As entidades prometiam

Você vai encontrar uma casinha branca com bastante verde ao redor

Ninguém imaginava como
Mas o que o guia fala
Jamais há de se duvidar
Basta ter fé
E aguardar

Sem demora
Surgiu a oportunidade
O Pai e filha Dadá
Conheceram a localidade
E puseram-se a negociar

Era exatamente como as entidades disseram
Uma casinha branca
Em meio a muitas árvores e plantas
E para lá chegar
Estrada de terra e neblina a enfrentar
Essa era a magia do lugar
Como se adentrássemos em outra atmosfera
Onde enxergávamos a lua iluminada
E muitas estrelas no céu a brilhar

Em 31 de agosto de 2001
A primeira gira foi realizada
Inaugurando o novo espaço
Dos trabalhos da Umbanda Sagrada

Éramos apenas cinco pessoas
O Pai e quatro filhos
Num campo sagrado de cinco metros quadrados
Tudo feito com muito amor
E valorosos aprendizados

As giras eram semanais
No primeiro sábado do mêsPreto Velho e Marinheiro
No segundo, Caboclo e Baiano
No seguinte, Caboclo e Boiadeiro
E no último, Caboclo e Criança
Quando houvesse o quinto sábado
A gira de Elegbara a comandar
No fim da lua grande
Gira com o Povo Cigano
E a bela Festa de Iemanjá

Vinte e três anos já se foram
Muitas pessoas por aqui passaram
Algumas firmaram o pensamento
Outras apenas buscaram alento
E ainda há as que somente conheceram

Hoje muita coisa mudou
O campo sagrado aumentou
Muitos filhos chegaram
As giras são quinzenais
E o toque do atabaque
Ah! Esse bate junto com o coração
E prepara todo o ambiente
Para a cura se efetivar

Durante esse tempo
Aprendemos temas relevantes
A cor de uma vela
E Seu Orixá correspondente
Como se proteger dos males do mundo
E para que servem as ervas sagradas
A importância dos elementos da natureza
E que as palavras têm poder
Que cada um está onde deveria
De acordo com seu merecimento
E que tudo é vibração
E assim sendo, a gente se coloca onde deseja estar

Chefe espiritual do Templo
Pai Rompe Mato é Caboclo Indígena
(da região amazônica!)
Conduz a casa com bastante firmeza
Sua máxima é a Caridade
Com ele aprendemos tomar a sério
A nossa religião!

Estamos prontos para auxiliar
Quem queira ou necessite
Dos males físicos e espirituais
Curar-se definitivamente
Seguindo as leis do Pai MaiorPropondo-se a Reforma Íntima, realizar
Agradecendo a vida que tem
Doando-se para o bem praticar